Tema: Partilha da África – 2 aulas (25/03/2020)
Habilidade: (EF09GE01) Analisar criticamente de
que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta,
notadamente em situações de conflitos, intervenções militares e/ou influencias
culturais, em diferentes tempo e lugares.
Objetivo:
Entender como aconteceu a partilha da África e as suas consequências na África
atual e relacionar com a Hegemonia Europeia, a partir da análise de texto.
O
que foi a Partilha da África?
A Partilha da África foi
desencadeada por um conjunto de acordos entre as principais potências imperialistas da Europa, no século XIX, sobre a posse de
territórios no continente africano.
O crescimento econômico dessas
potências fez com que elas quisessem avançar rumo a África em busca de matérias-primas para a fabricação de produtos
em suas indústrias.
O continente africano foi o que
mais sofreu alterações com a industrialização europeia
Como ocorreu a partilha da África?
Portugal já explorava o continente
africano desde o século XVI. Utilizavam africanos como mão de obra escrava para
serem explorados em suas colônias recém descobertas na América.
A ideia vendida pelos europeus à sociedade
era a de que o continente africano precisava ser civilizado, por isso a expansão
europeia era tão importante.
Além de existir a crença da superioridade
de raças e civilizações, pois na hierarquia civilizacional os europeus ocupavam
o topo. Por isso, eles tinham a missão de civilizar todos os povos considerados
inferiores a eles.
O darwinismo social é a crença da
existência de sociedades superiores às outras, teoria que reforçava a prática
europeia.
A civilização se daria no emprego da mão
de obra escrava que contribuía para o lucro do comércio.
Vários países participaram desse negócio,
tais como a Inglaterra, França, Espanha e Portugal.
As expedições ao continente africano
tinham várias finalidades:
Econômicas: Fornecimento de
matérias-primas e a possibilidade de exploração da área;
Religiosas: Estabelecer o cristianismo
como a crença oficial, acabando com a antropofagia e o politeísmo;
Científicas: Explorar o terreno e
descobrir as diversas etnias que ali habitavam.
Essas foram algumas das justificativas dos
europeus para a posse do território africano. Na realidade, eles almejavam
apenas o lucro.
O enriquecimento se deu às custas de muita
exploração de mão de obra e violência contra a população local.
A ideia de salvar o povo africano da
selvageria e do atraso era apenas uma desculpa para justificar a crueldade de
suas ações.
Os territórios africanos foram invadidos
por diversas potências europeias gradativamente:
Portugal: Após a independência da sua
colônia, o Brasil, Portugal conseguiu conservar seus territórios africanos como
Cabo Verde (1975), Moçambique (1975), Angola (1975) e Guiné (1973). Portugal
teve problemas com alguns países europeus que queriam expandir seus territórios
e invadir suas possessões.
Espanha: A Ilhas Canárias, Saara
Ocidental, Melila e Ceuta, ficaram com a Espanha. Posteriormente, em 1778, o país
invadiu a Guiné Equatorial.
França: A França ocupou, em 1624, o
território do Senegal, com o objetivo de abastecer suas colônias no Caribe com
trabalho de pessoas escravizadas vindas da África. No decorrer do século XVIII,
os franceses ocuparam várias ilhas no entorno do Oceano Índico. Entre outros
locais, no decorrer do século XIX (1819 a 1890) a França ocupou a Costa do
Marfim (1960), Tunísia (1956), Argélia (1962), Togo (1960), Mali (1960), Níger
(1960), Benin (1960), Marrocos (1956). Os franceses enfrentaram guerras tanto
contra os próprios habitantes dos territórios invadidos, assim como contra os
alemães, que se interessavam pelas regiões pertencentes à França.
Holanda: Já em 1652, os holandeses tinham
um posto de abastecimento na Cidade do Cabo, África do Sul. Foi neste local que
os holandeses permaneceram por mais tempo. Contudo, sua ocupação começou no
país conhecido hoje como Gana. Ficaram por ali até 1871, momento em que
venderam o território aos ingleses.
Por
volta de 1857, exploraram o Congo. Mesmo perdendo a atual Cidade do Cabo para
os ingleses (1805), a Holanda permaneceu na África do Sul. Os dois países
conflitaram continuamente durante o século XIX e início do século XX.
Inglaterra: Com a Revolução
Industrial, o Reino Unido se tornou a maior potência econômica, do século XIX.
Dessa maneira, cada vez mais, ele precisava de matérias-primas para a sua
produção industrial. A Inglaterra se envolve em conflitos com quase todos os
países europeus, visando aumentar seus territórios no continente africano. Ela
ocupou os atuais países conhecidos como Nigéria, África do Sul, Egito, Quênia,
Zimbábue e Sudão.
Itália: O país ocupou os
territórios da Líbia, parte da Somália e Eritreia. Invade a Etiópia na década
de 1930, sob o comando de Benito Mussolini e mantem seu domínio até 1941.
Bélgica: O então rei da Bélgica criou,
em 1876, a Associação Internacional da África, que inicialmente tinha o
objetivo de praticar ações humanitárias no continente, mas o intuito real era
investigar o território do Congo, que seria mais tarde sua propriedade pessoal.
A Bélgica ocupa também o território correspondente a Ruanda. Essa região
possuía uma divisão étnica, que desencadeou no genocídio de Ruanda, em 1994.
Alemanha: A Tanzânia, Namíbia e
Camarões foram os territórios ocupados pelos alemães. Após a Unificação Alemã,
o Império Alemão se tornou muito poderoso. Por isso, Otto von Bismarck
(primeiro-ministro alemão), convida as grandes potências europeias para
discutir sobre a divisão territorial africana. Tal evento ficou conhecido como
Conferência de Berlim.
Grande parte dos países africanos
só foram conseguir sua independência dos países europeus por volta da década de
1950 e 1970.
Conferência de
Berlim
Realizada em Berlim nos anos de 1884 e
1885, a Conferência de Berlim tinha o objetivo de reunir as maiores potências
do século XIX para discutir a respeito da ocupação do continente africano,
reconhecendo as fronteiras já ocupadas e estabelecendo regras sobre as futuras
ocupações.
O objetivo era que as divisões das regiões
africanas fossem feitas da forma mais organizada possível. A intenção era que
nenhum país entrasse em conflito por causa desses territórios.
Consequências
da Partilha da África
O continente africano se dividia entre as
fronteiras naturais criadas pelos diferentes grupos étnicos. Após a Partilha da
África, suas fronteiras foram redesenhadas de acordo com a vontade do
colonizador europeu.
Grupos étnicos rivais há séculos tiveram
que conviver lado a lado, o que gerou graves conflitos e muitas mortes.
Além disso, nações africanas foram
massacradas ao longo do século XX por resistirem à invasão europeia
Por causa da violência, guerras sangrentas
e ambição desmedida dos europeus, a África se tornou o continente mais pobre do
mundo (Fonte:
Site: https://escolaeducacao.com.br/partilha-da-africa/ - Acesso
23/03/2020)..
Após a leitura do texto,
responda:
1.
O
que foi Partilha da África?
2.
Quais
foram as finalidades da Partilha da África?
3.
O
que é o Darwinismo Social?
4.
Quais
foram as potências europeias que invadiram o território africano?
5.
O
que foi a Conferencia de Berlim?
6.
Quais
foram as consequências desta partilha, na África atual?
ATIVIDADE
2: Pesquisar
conflitos contemporâneos da África, para entender as características atuais do
continente africano e relacionar com a Hegemonia Europeia no continente
africano.
República Democrática do Congo
Sudão e Sudão do Sul
Ruanda e Burundi
Bons
estudos!!
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