terça-feira, 31 de março de 2020

HISTÓRIA 9 ANO A/B 31/03/2020

AULA 3 (2 AULAS PRESENCIAIS) LEIA OS TEXTOS, IMAGENS E VÍDEOS PARA RESPONDER AS ATIVIDADES


TEMA: A RESISTÊNCIA AFRICANA (31/03/2020)

OBJETIVO: Identificar os mecanismos de dominação europeia na África, bem como os movimentos de resistência ao novo colonialismo

A resistência africana à dominação imperialista

   A expansão europeia na África a partir do Congresso de Berlim criou, no continente, duas realidades que se chocavam: de um lado, o poder tecnológico e militar das potências industrializadas indicava que a vitória delas era certa; de outro, a reação dos povos africanos revelava que eles estavam determinados a resistir. Com o tempo, essas duas tendências se confirmaram.
   Até a década de 1970, a resistência dos povos africanos à colonização era um assunto pouco investigado pelos historiadores. Desde os últimos anos do século XX, contudo, a análise de novos documentos tem mostrado que ações de resistência ocorreram em praticamente todas as terras subjugadas pelos europeus. Ao contrário do que afirmavam os defensores do colonialismo, os africanos não viam os europeus como libertadores ou como a porta de entrada para a modernidade e a civilização. 
   Povos tradicionalmente rivais chegaram a se aproximar com o intuito de unir forças para derrotar o conquistador. É o que mostra esta mensagem, endereçada em 1904 por Samuel Maherero, líder da resistência do povo Herero aos colonizadores alemães, a um antigo inimigo:
BAYAH: O GENOCÍDIO ESQUECIDO – A REVOLTA DOS HEREROS E NAMA NA NAMÍBIA
Batalha entre o povo Herero e os soldados alemães,
em 1904. Ilustração publicada no jornal francês
Le Petit Journal em fevereiro de 1904. Biblioteca
Nacional da França, Paris.
"Meu desejo é que nós, nações fracas, nos levantemos contra os alemães [...]. Que a África inteira combata os alemães, e antes morrer juntos que em consequência de sevícias, de prisões ou de qualquer outra maneira."

   Muitos movimentos de resistência foram rapidamente derrotados pelos conquistadores. Outros, como na região dos atuais Egito, Somália e Sudão, além de expressar forte capacidade de organização, se prolongaram por vários anos. Algumas ações de resistência conseguiram deter, ainda que temporariamente, o avanço das nações industrializadas no continente e impor pesadas derrotas aos europeus. 

QUESTÕES

1. De acordo com o texto, como os africanos eram vistos pelos europeus? E como os africanos enxergaram os europeus?
2. A ilustração é a representação de qual lado da história? Dos europeus ou dos africanos? Esse quadro retrata a realidade? Por que?


A rebelião Ashanti

     Uma das revoltas mais significativas contra o domínio britânico ocorreu na então Costa do Ouro, atual Gana, entre 1890 e 1900, a chamada rebelião Ashanti.
    A cultura do povo Ashanti baseava-se em uma longa tradição de nações guerreiras e em uma história de mulheres orgulhosas e respeitadas. Os tambores, objeto importante da tradição guerreira dos Ashanti, eram usados para a comunicação a grandes distâncias.
   A rebelião explodiu quando autoridades britânicas, seguindo a estratégia do imperialismo de "dividir para dominar", depuseram um grande número de chefes tradicionais, medida que violou a cultura dos Ashanti. Em seguida, os britânicos nomearam outros líderes locais e instituíram o pagamento de uma indenização pelas revoltas anteriores. Por fim, o governo britânico exigiu que seus representantes se sentassem no Tamborete de Ouro, uma espécie de trono destinado aos líderes sagrados ashantis.
    A combinação dessas medidas levou o povo Ashanti a enfrentar os ingleses em sangrentas batalhas, que culminaram, em 1900, com a prisão e a deportação da líder Yaa Asantewaa, rainha de Edeweso, e de vários generais ashantis. Mesmo diante da resistência africana, no final do século XIX, o poder das potências europeias no continente já era uma realidade.

1. Quais são os fatores que justificam a escravização na ...
DIGHTON, Denis. Representação da derrota dos Ashanti pelo exército britânico, comandado pelo coronel Sutherland, em 11 de julho de 1824. 1825. Gravura. Museu do Exército Nacional, Londres.

QUESTÃO

3. A obra retrata a guerra sob o ponto de vista dos Ashanti ou dos britânicos? A que público a obra se destinaria? Justifique suas respostas.

- Assistir ao vídeo A rainha guerreira africana que enfrentou os colonialistas britânicos: https://www.youtube.com/watch?v=JFCcGmK8IKE


ATIVIDADE

 

Leia os dois textos a seguir com atenção. O primeiro é a transcrição da fala de um empresário e explorador britânico na África; o segundo é um trecho do livro O coração das trevas, de Joseph Conrad, em que um personagem fala sobre a situação da África Central antes e depois da colonização. Em seguida, responda às questões.

1.      “[...] A ideia que mais me acode o espírito é a solução do problema social, a saber: nós, os colonizadores, devemos, para salvar os quarenta milhões de habitantes do Reino Unido de uma mortífera guerra civil, conquistar novas terras a fim de instalarmos o excedente da nossa população, de aí encontrarmos novos mercados para os produtos das nossas fábricas e das nossas minas. Se quereis evitar a guerra civil, é necessário que vos torneis imperialistas”. CECIL RHODES

2.      “[...] Cessara de ser um espaço em branco ou um delicioso mistério – um retalho sobre o qual um garoto podia sonhar sonhos de glória. Tornara-se um lugar tenebroso. [...]” JOSEPH CONRAD

 

QUESTÕES

A)    Segundo Cecil Rhodes, quais eram os objetivos da expansão imperialista britânica?

B)    Quais são as diferenças, do ponto de vista do estilo e do conteúdo, existentes entre os dois textos?

 

Sugestão de Vídeo:

FRONTEIRAS ARTIFICIAIS: https://www.youtube.com/watch?v=-1KJEZH5FzQ

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